domingo, 6 de dezembro de 2009

Escolhas

Escolhas.
Escolhas, optam-se.
Escolhas inocentes. Escolhas com liberdade. Escolhas por bem.
Escolhe, felicidade.
Não escolhes, não tens essa felicidade. Passa a precariedade (no teu interior arrasado de dor).
Escolher, é normal. Não escolher, anormal. Se é como digo, porque noto cada vez mais pessoas sem opção de escolha?
Dás em louca.
Perdes a paciencia.
Queres partir a tua cabeça pesada... para o pesado sair e esse pesadelo se libertar de uma vez por todas! por todas ....
Normalmente não escolhemos o metro no qual queremos viajar, o metro não só decide por os viajantes como, tem a viagem planeada.
Não... mas o destino não existe, não pode existir, não quero pensar nem em miticismo, só que... coincidência ou não, o que de mais me abala de bom e mau nesta passagem cruel, que não é viver, tem começo na letra "P" do abeçedário.
Eu não escrevo para "ninguém", escrevo para quem ama e só para quem ama. Escrevo para aqueles seres humanos irracionais que vão ao Porto, sem roupa, sapatos, tristezas, com lamentos e por amor, lamento maior.
Desesperada.
Incapaz de reagir ao que tenho.
Frio no coraçao, no corpo, no mundo.
Não gosto de outros lugares.
Não gosto de outras pessoas.
Garganta cortada.
Pulsos deitando sangue, soltando um grito infinito de canssasso.
Mãos doridas de segurar a cabeça, tentando ganhar calma, a mesma que permite reflectir par agir a seguir, num sentido de luta. É mais um dia.
Quando é que chega ' aquele' dia?
Aquela pessoa com quem sonhas?
Aquela pessoa em quem pensas quando danças na discoteca? E nessa altura vais querer muito senti-la a tocar no teu corpo.
Aquela pessoa que conheçeste e continuas a conheçer?
Aquela pessoa onde está?
Eu sei onde fica a tua casa. Mas sabes que não posso ir ter contigo. Não, para sempre, não.
Tu sabes onde eu estou, eu sei onde tu estás.
Simula um rapto. Sei que não me trocas por dinheiro, por erva, nem por objectos.
É de noite e estamos juntos. . . Vamos em direcção ao cais, descendo a rua de pararelo inclinada, vamos sentar-nos na mini-ponte de madeira que,leva os pescadores até aos seus barcos, e ficamos a ouvir hip-hop do Porto. Abraçados. Até posso morrer nos teus braços.

Tenho de resistir. Mas como? Se estás comigo, mas não te tenho nos meus braços. Se estás comigo, mas não podemos fazer amor. Tu és meu? és e não "és". Traz-me medo. Eu sou tua? Sou e não "sou".
Quero ser completamente tua. E tu queres ser completamente meu.
Invicta, uniu-nos.
Amor.
Maria

2 comentários:

  1. Porto tem encantos que poucos lados podem ter. Uniu-vos, uniu-me À vida e de lá voltar também. Bom texto, arrepia.

    Beijinho

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  2. Obrigado pelo comentário, foi muito acolhedor. E foste muito simpática =) E o maior reconhecimento é de quem comenta, de quem gosta e tem prazer no que escrevo. Tudo o resto são troféus para se ter na estante.

    Uma vez mais, agradeço-te **

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