quinta-feira, 29 de julho de 2010

Se nao mudar, uma partezinha minha, vou acabar por afastar as pessoas. Acabar por afastar as pessoas que gosto mais. ´

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O cúmulo do orgulho é desprezarmo-nos a nós proprios .
O silêncio é a maior prova de orgulho.

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Não está fácil....

Mas tambem nao foi fácil ....

Ferida.

domingo, 10 de janeiro de 2010

"Ela" tinha medo de andar de avião, dizia que jamais andaria de avião na sua vida e que tinha medo. Mas a meio da semana recebo um telefonema "Dela" a dizer que ia à Inglaterra.
Tenho orgulho "Nela",
Até quando não me deixa estar com o namorado,
Até quando discutimos por o quarto estar desarrumado,
Até quando diz que não posso sair à noite.
Tenho orgulho na minha Mae, por ter andado de avião
Tenho orgulho na minha Mae, por descobrir coisas novas.
Tenho pena da minha Mae, porque nunca sai de casa.
Tenho pena da minha Mae, por não ter conseguido ser feliz como "Ela" queria, "Ela" nao diz, dá a entender.
Mas tenho orgulho "Nela" porque ainda vai a tempo. Eu digo-lhe sempre,algumas vezes em discussoes, que o tempo só pára quando as pessoas morrem. Se o tempo dela ainda não parou é porque o Deus "Dela" quer que faça algo mais. Talvez..... ser feliz delineando essa felicidade.
Tenho pena da minha Mae por ter uma filha como eu. Não tenho qualquer problema em falar mal de mim. Tenho a noção que podia ser bem melhor, mas não reúno todas as condiçoes para sê-lo. O Mundo exterior.
Se não fosse inteligente, nem me interessasse pela vida,pelo conheçimento, filosofia,pensamento, sociologia, aceitava muito melhor certas maneiras de agir minhas.Escassa motivaçao, Mae.
Como é que eu a perdi, logo agora?
Como é que eu me perdi?
Não vale a pena querer (que egoismo... querer alguma coisa sem fazer por isso) e desejar muito uma coisa durante muito tempo ou muitos anos, não tendo meios como a alcançar, mas Mae eu fiquei parada? Sabes tão bem quanto eu que não E NEM ASSIM passei da planta aos tijolo,tornei o sonho em realidade. Passa-se muita ficção na minha cabeça Mae. Eu parecia uma pessoa cega, não apalpava o real.
Tenho pena de ti por teres esta filha que só idealiza... idealiza...
pena porque talvez quizesses ter as oportunidades que eu tive e as AGARRASSES, como eu nao agarrei.
Quando escrevo é quando falo ('com alguém') mas não posso.
Tenho orgulho em ti por aguentares sem mim e teres aguentado o piorio. Quem disser que na vida é troca por troca, acredito, mas material! Trocas imateriais nao existem. As que deviam existir. Por isso, uma pessoa que tenha sofrido durante um longo tempo não significa que seja recompensada e venha a ser feliz.
Eu desejo-te isso. O que desejo para mim, desejo para ti e para vocês (pais*), o que não tenho que tanto desejava. Se tento ser feliz mas não consigo, resta-me olhar para as outras pessoas e senti-las felizes, olhar para a Ines e ver que ela não segue os mesmos passos que a irma (Eu).É um suspiro à escala sentimental saber uma coisa dessas.
Não quero saber quem vai morrer primeiro, não quero que nenhum morra e nem a morte tem o direito de os roubar, arrancar, tirar de mim. Para isso, porque não morremos os quatro no mesmo dia à mesma hora? Ou então porque não morro eu primeiro?
Já estou distante, não vos perdi, mas separámo-nos. Sinto a vossa falta a cada partida, a cada chegada,a cada dia.
É a vossa ausencia que me poe a pensar como será a minha vida a partir do dia em que não vos terei CÁ comigo.
Eu sei que vocês não sabem que sofro por estar mentalizada que um dia vão morrer, não sabem o quanto isto me faz chorar.
Sou muito complexa, olho-me ao espelho, vejo que cresci, olho os vossos rostos, vejo que estao a envelhecer. Não gosto quando Voces os Dois fazem anos.
Eu não estava preparada para isto,Pais.
Faz-me confusão pensar que um dia também estiveram dentro de um óvulo, a seguir foram bebés.E agora... aproximam-se do extremo.
Pais vejam como eu tou... devia estar a estudar para a frequencia de turismo de amanha. E estou aqui a assumir,o que eu nunca admiti mais cedo.

Maria

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


Esta música é para ti, minha pequenina!
Eu sei... sei qu não sou a melhor irmã, sei que poderás não ligar a isto, mas pelo menos fico com a 'alucinaçao', a impressão enganadora, que leste, mais uma vez a ilusão a falar.
Tens os pais que te podem ajudar, embora os pais nem sempre percebão as coisas, e eu estar aqui farta de chorar. . .
Tens o Luís...quem é que não o adora ? :) Tens a Lara... uma menina muito doce, com quem podes falar quando estiveres triste. Tens o David... para te animar :)... O Diogo para jogar computador ... a Joana para brincarem às irmas... A Diana e o Gonçalo para dares beijinhos.
Parece que me vou matar, mas não. Só quero, de coração, que sejas diferente de mim, por muitas razoes. Não sou deveras a melhor pessoa, por vezes sinto-me a pior. A mana está a fracassar constantemente... A mana tem pena Daqueles Dois que nos trouxeram ao mundo cruel, porque tem sido uma falhada, não consegue dar a volta às situaçoes. A isto se chama fraqueza, Ines, não sejas assim!
Jamais quero para ti uma coisa : que deseijes a noite e não o dia. Que durante o dia, queiras que a noite chegue rápido, para te veres livre das pessoas, da escola,dos amigos que já não são amigos, do Mundo.
A mana, neste momento, nao tem apetites. E nao se esforca para levantar e ter vontades. A mana nesse instante diz que vai conseguir mas quando pega nos acontecimentos, nos papeis, nos livros, pasma.Da-lhe a nausea, o panico, lembra-se de outras coisas, do que podia ter acontecido e nao aconteceu.
Desculpa, desculpa, se este texto te fez chorar, desculpa se eu nao insisti para que lesses, desculpa se eu sou assim quando estou distante e ma' quando estou perto.
E desculpa pela mae, quando volto a casa, dar-me aquela atencao exagerada e tu dizes "So a Maria Mae, so ela e eu nao significo nada?".
Vou ter de ir, voltar, para aquela escola... sensacao que alguem esta'a sufocar e a dar cabo da minha zona racional,a cabeca.

Para a minha linda e para sempre linda Irma

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O 2009 foi um sonho não tornado realidade.
Para quem me conheçe e reconheçe, é sabido que a ferida persiste e reage ao alcool etilico...
Tenho de voltar a dizer... O 2009 foi um sonho não tornado realidade !
Sentia-me rodeada de cores alegres e convicçoes que jamais falhariam. Falharam! Não acertaram por um " triz "!
Enquanto a ferida continuar a fumegar, a tristeza não passa, a ilusão parece continuar a fazer sentido, e a raiva faz-me sentir um erro, um acidente, um morto-vivo por dentro.
[ 2009 ] Vais ficar para sempre, enterrado, no meu coraçao, no meu pensamento com tendencia para alzheimer.
Maria

domingo, 6 de dezembro de 2009

Escolhas

Escolhas.
Escolhas, optam-se.
Escolhas inocentes. Escolhas com liberdade. Escolhas por bem.
Escolhe, felicidade.
Não escolhes, não tens essa felicidade. Passa a precariedade (no teu interior arrasado de dor).
Escolher, é normal. Não escolher, anormal. Se é como digo, porque noto cada vez mais pessoas sem opção de escolha?
Dás em louca.
Perdes a paciencia.
Queres partir a tua cabeça pesada... para o pesado sair e esse pesadelo se libertar de uma vez por todas! por todas ....
Normalmente não escolhemos o metro no qual queremos viajar, o metro não só decide por os viajantes como, tem a viagem planeada.
Não... mas o destino não existe, não pode existir, não quero pensar nem em miticismo, só que... coincidência ou não, o que de mais me abala de bom e mau nesta passagem cruel, que não é viver, tem começo na letra "P" do abeçedário.
Eu não escrevo para "ninguém", escrevo para quem ama e só para quem ama. Escrevo para aqueles seres humanos irracionais que vão ao Porto, sem roupa, sapatos, tristezas, com lamentos e por amor, lamento maior.
Desesperada.
Incapaz de reagir ao que tenho.
Frio no coraçao, no corpo, no mundo.
Não gosto de outros lugares.
Não gosto de outras pessoas.
Garganta cortada.
Pulsos deitando sangue, soltando um grito infinito de canssasso.
Mãos doridas de segurar a cabeça, tentando ganhar calma, a mesma que permite reflectir par agir a seguir, num sentido de luta. É mais um dia.
Quando é que chega ' aquele' dia?
Aquela pessoa com quem sonhas?
Aquela pessoa em quem pensas quando danças na discoteca? E nessa altura vais querer muito senti-la a tocar no teu corpo.
Aquela pessoa que conheçeste e continuas a conheçer?
Aquela pessoa onde está?
Eu sei onde fica a tua casa. Mas sabes que não posso ir ter contigo. Não, para sempre, não.
Tu sabes onde eu estou, eu sei onde tu estás.
Simula um rapto. Sei que não me trocas por dinheiro, por erva, nem por objectos.
É de noite e estamos juntos. . . Vamos em direcção ao cais, descendo a rua de pararelo inclinada, vamos sentar-nos na mini-ponte de madeira que,leva os pescadores até aos seus barcos, e ficamos a ouvir hip-hop do Porto. Abraçados. Até posso morrer nos teus braços.

Tenho de resistir. Mas como? Se estás comigo, mas não te tenho nos meus braços. Se estás comigo, mas não podemos fazer amor. Tu és meu? és e não "és". Traz-me medo. Eu sou tua? Sou e não "sou".
Quero ser completamente tua. E tu queres ser completamente meu.
Invicta, uniu-nos.
Amor.
Maria

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Estou no meu quarto novo, cidade estranha, fria não se deve à chuva que acontece, deve-se à desilusão que apanhei, não ganhei o que queria, estava quase lá, tão quase, sentia-me a atingir as núvens, só que perdi o equilibrio, levei murros no meu peito, na minha barriga, fui espancada por um choro que impediu a permanencia da nostalgia convertida a felicidade e certeza. Não sei como é que a minha certeza, nunca deu lugar à incerteza e, foi dar espaço a uma certeza diferente, a uma certeza que nao era certeza à um tempo atrás, que eu colocava como hipótese improvável, nem hipótese era.
Agora tenho saudades do passado, dos sonhos que tinha e da certeza q os ia concretizar, que ainda estava a tempo de os alcançar, muito a tempo, estava quase lá... estive quase, mas não cheguei, agora vivo sei lá o quê, pergunto-me o que estou a viver e como estou a viver, o que é isto, porque nao é de outra maneira, porque não foi da maneira que sonhei e continuo a sonhar, não parece verdade, será uma prova, mas porquê tanta prova seguida, tanto individamento por parte da sorte .
Dei quase tudo de mim, fiz quase tudo, disse quase tudo, manti-me convicta até ao último dia, não tive medo, não tive receio, não ponderei outras hipoteses, porque também não me interessavam, não vivia delas, não queria correr até uma delas, queria fugir delas, viva baseada num sonho que tinha a certeza que ia chegar, pela primeira vez na vida, mas abri a janela do quarto e nao o vi, não vi o sol, não vi o rio, não vi o cais, nao vi os barcos, não vi os altos e iluminados prédios, não vi as caves, não vi os jardins, não vi as pontes, não vi as casas velhas a cores, nao vi os bairros, não ouvi o rap tuga, não vi o metro vir me buscar, não me senti em casa, nao me senti na direcçao certa, no caminho que devia seguir. Eu vi o sonho, agarrei-o, desejei-o, mas foi tudo tão rápido e tão rés vés.
Estou mesmo triste comigo. Não sei porquê. Não pude decidir sozinha. Mas idealizei me quase lá, estava lá quase, estava lá mesmo, naquelas ruas estreitas, na marginal a passear, no banco do cais a fumar de mp3 nos ouvidos, a ver passar os barcos, a percorrer as pontes olhando o rio do lado esquerdo e direito, perdendo-me na nublina do rio...e depois é que acordei, e o sonho que idealizei nao passou apenas de um acto de idealizar, o sonho que eu chorei não passou de uma lágrima que evaporou com o rio, o sonho que eu sorri não passou de um espaço psicologico, o sonho que eu disse que ia concretizar foi apenas uma certeza errada que ia acontecer... e custa-me dizer isso porque queria que tivesse sido real, assim eu era feliz. Adaptarmo-nos á realidade, não significa sermos felizes, significa infelicidade porque se torna habituaçao e desgaste. Posso dizer... Vivo NA realidade, não vivo nem quero viver A realidade. Ninguém acha viver uma tarefa muito fácil, se há coisa que menos tenho feito até aqui é viver... Respirar é muito fácil. Dar vida ao meu respirar é que se torna complexo.
Não quero viver aqui ... Aqui nao vivo. Vivia se estivesse contigo a fazer as coisas que gosto.
Desgastada de encarnar a pele de um ser inanimado que só tem sonhos e nao passa daí... foi-se um pouco de mim ...
Maria

sábado, 31 de outubro de 2009

"...Não preciso do meu pénis teso para dizer que te AMO
Não preciso de estar carente para querer o teu abraço
Não preciso de te penetrar para chegar ao clímax ... "

A mulher que Deus amou Valete
Deixei de ligar aos sentimentos!
Desta vez, desisto mesmo. Desta vez, nao haverá mais nenhuma vez. É uma defesa em torno de mim própria.
Deixei de ser romantica,hoje.
Não vai haver o dia que irei ser de novo,romantica.
Deixei de sonhar, hoje.
Não vai haver o dia que irei de novo, sonhar. Se sonhar, mentalizo-me que os sonhos só nos fazem desejar coisas impossiveis e ao contrário do que devia ser, não me dão aquilo que a realidade nega.
Vou desabitar a lua, deixei de lá viver, hoje.
Não vai haver mais dia nenhum de sorrisos espontaneos e "orgasmos mentais" (--> esta copiei do Velete qd digo "orgasmos mentais)
Deixei de ser dócil, hoje e para sempre, enquanto isto acontecer comigo.
Não vai haver o dia em que serei de novo carinhosa, enquanto continuar a ser trocada.
Estou com uma moral mesmo embaixo ... Nem pareço eu ... que luto sempre e se nao lutar, fico doente por não lutar!
Vou ficar doente ... O orgulho é o meu parceiro verdadeiro nestes momentos. Mas certo é que se é verdadeiro,não me cura, mas ainda endoidece mais,e faz me crescer.
Quero esquecer que os sentimentos existem, que os sentimentos uniram os nossos pais todos, que os sentimentos fazem pessoas deslocarem-se até outra cidade, que os sentimentos nos querem ver tristes e a chorar, que os sentimentos fazem os lamechas irem até onde for preciso. É preferivel pensar que hoje em dia as pessoas só se querem "comer" e "foder" ? Vou pensar assim, mas nem aí quero estar incluida,porque me mete nojo. Passo a "rejeitada voluntária" . E posso dizer que, aqueles que nao me tocaram no corpo, tocaram me na alma,já dizia Paulo Coelho em 11 minutos. Não quero que me toquem na alma, nem corpo. Passarei a ser pedra. Não é preciso fazer a contagem, porque já está a decorrer, com muito esforço meu.
Maria

" Trocadilho "

" Giro ", quanto mais nos damos bem com alguém, mais rápido nos afastamos dessa pessoa ...
Quanto mais as coisas correm bem, mais surpreendentes se tornam quando algo se vem a descobrir de errado ...
Enfim... cagar nesta porcaria deve ser o melhor. Porque se não fosse pelos meus pais, eu desistia de tudo já. Menos da vida. Mas ia à procura dela. E dele. Não digo de quê, não é mais um " filho da puta" ! Não, nao me refiro a um ser humano nem a fisicos materiais.
Este é talvez o segundo post mais... desconexo! Não é para dizer mais nada para além de ser sempre trocada, quando tudo corre bem, e o mais grave é que tenho de ser eu a descobrir por mim propria, ou seja, sou mais "pateta" que aquilo que pensava.

DESISTI HOJE de algo importante, que nao merece ter qualquer tipo de importancia. Começo hoje. Vou desistindo aos poucos das coisas. Será isso que vai acontecer? =S Insatisfaçao e vontade nao faltam... Mas é que "desistir" nem deve constar no meu vocabulário, porque está mais que sabido que nao me devo agarrar a ninguém! A nada ... Até mesmo as maquinas falham ... até mesmo os numeros enganam ... baralham-nos... trocam-nos, assim como os Homens.
Maria

sábado, 5 de setembro de 2009

Sou fria. Sendo ou não sendo, tenho de ser fria. Dizer "não" quando tenho uma vontade certa em dizer um "sim". Um "sim" por quem? ? As pessoas não sao seres humanos; não beneficiam da racionalidade que têm para nada; eu a falar de racionalidade porquê? Se critico a responsabilidade em excesso, a perfeição à qual eu associo a "bichisses" e ... "mesquinhisses". Mas eu também sou assim ... digo que as coisas, essencialmente o amor e os restantes sentimentos, são irracionais! São! Porque se fossem racionais e quizessemos que assim fossem, ninguém cometia loucuras, ninguém fugia de casa por causa de uma "cadela" ou de um "cabrão"! É, sou directa. . . Se aquele sentimento cego chamado amor fosse para ser vivido com racionalidade, nem era sequer necessário aprender a dizer um "não". Estes inconscientes,aos quais tou incluida, preferem andar a "pastar" ... Deixar-se levar ... acreditam que dá sempre... não estão com grande trabalho a pensar 10 vezes, tentam tudo de novo novamente... Em vez de subordinados passam a subordinantes sentimentais... Isso é muito mau, não quero isso, quero-me proteger daquelas ilusoes que não esperávamos.
Ambos os dois caminhos entram em confronto: um baseia-se em fazermos figura de "corninhos mansos" atrás de alguém, que na verdade DESEJAMOS FISICAMENTE E PSICOLOGICAMENTE.
O segundo baseia-se em virar costas a tudo e a todos - acho que escolhi este caminho ;(
Devo dizer "não" sempre, para nao cair na "patetisse". E "quem" quizer, que lute por mim ... Luta por favor ... Não lutas! Em vez de me lamentar, vou pegar na camisola ou camisa (O meu pai nao usa camisas,nem qualquer outro tipo de vestuário formal!) do meu pai, que me chega quase ao joelho e... vou por aí...até ao cais,enquanto o vento bate no meu cabelo e despenteia e leva as minha ideias... É melhor assim,será sempre.
;(
Maria

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Decisoes transformadas em indecisoes


Ouve bem as minhas palavras que são como o vento, chega perto de mim, bem perto, mais... só mais um pouco... até os teus olhos sincronizarem bem com os meus, até os teus lábios tiverem asas e voarem até aos meus,sem crer, ou por crer, creio que por crer sem crer, até a tua testa passear na minha com carinho, até ouvir o teu respirar dizer "quero-te" ou "não te quero mas quero", até o meu coraçao compreender o teu e definitivamente saber o que queres...ou me queres, ou não me queres... ou as duas coisas...ou nada ou tudo, ao mesmo tempo...!
Olha bem ... o meu corpo à tua frente, proximo do teu, será que as tuas maos vão permanecer como um soldado ? Não me vais tocar e eu vou fechar os meus olhos? Não me vais beijar e eu nao vou deixar, para ficares apreensivo e me agarrares forçosamente? (mas não forçasamente contra a minha vontade)
Não vais caminhar sobre o meu rosto com os lábios, enquanto a minha nuca se move à medida que os arrepios me vão tomando?
Então se não queres saber,tomar conta de mim, como o Monstro protege a Bela, diz-me nos meus olhos e eles vão começar a chorar, mas depois o orgulho tomará conta de mim e terei vergonha ao lembrar-me que chorei para ti. Nunca me perdoarei mais, se isso acontecer. Não acontece porque não te vejo. Mas quase que aconteçe porque quase te sinto... Ou sinto mesmo.
Se não queres, saio por a porta do teu quarto à esquerda. Se queres, fico lá contigo e ficarei lá para sempre. Deitada com roupa, não por muito tempo, a fazer caricias no teu cabelo e tu a mesma coisa. Talvez sejam alucinaçoes, talvez se tratem de ocasioes impossiveis, queria negar tudo isto, mas ao mesmo tempo, sou devorada pelos meus desejos e não eles devorados por mim, mas fica sabendo que tentei não aceitá-los, para não ser sacrificada, para nao ganhar ilusoes e constantes desilusoes. Mas sem dar conta, caí... numa banheira em forma de circulo com espuma e velas encarnadas à volta, senti sem ter sentido antes, o solavanco de um carro numa falésia, cheirei e controci-me nos teus lencçois ...
Jã não digo coisa com coisa ...
Só queria que quizesses, a qualquer hora, em qualquer lugar e inconscientemente
beijar-me de uma jeito selvagem com as duas maos na minha cara,
agarrar-me quando pensasse em desistir,
apertar-me quando perdesses o controlo sobre o teu consciente e corpo,
"Comer-me" carinhosamente e brutalmente no bar da nossa sala,
Prender-me os braços e furiosamente dar cabo de mim,
Observar-me a usar a tua camisa branca sem mais nada por baixo

Passei os limites,
mas quero passar os limites na realidade,
não quero pensar no que está a acontecer ... Porque a unica coisa que quero que faças, é que me beijes sem razao mas com razao

Maria

domingo, 30 de agosto de 2009

Tres grandes "putas" que adoro :)





























" Fodam-se" :)
Eu também vou ...
Diz bem alto " foda-se"!!
Diz para o namorada(o) "anda cá que eu fodo-te :)"

Maria


Fodasse as gravatas com uma utilidade inutil
Fodasse os suti-mamas!
Fodasse os relógios - podia ser que ao menos, ao nao existirem, as pessoas nao esperassem mais um dia ou mais umas horas por o desejado, por o inevitável, pelo sagrado. Não gosto de chegar a horas, porque não há horas marcadas. E também não gosto de esperar ...
Fodasse as freiras recaldadas psicologicamente, é impossivel um ser humano com uma forma de estar na vida dessas não se sentir atraido pelo "pecado";pela carne;pelo perigo. É impossivel um ser humano levar uma vida assim, fechado, temendo a sua resistencia ao "sexo" ?, sim é o que eu acho e tambem não acho correcto que seja aplicável a palavra pecado porque não existe nos paradigmas da sociedade... existir existe, só não faz sentido, porque todos cometemos falhas!
Fodasse os padres e a ceita toda - são uns cobardes;são cordeiros manhosos... Será que um pedaço minusculo de pão vai-me redimir do "mal", que no fundo nao é mal nenhum, que eu faço? Ou será o meu arrependimento, aquele que eu escondo e guardo para mim? Quando é que as pessoas deixam de provar e se mostrar às outras, tudo por uma questao de ficarem bem vistas? Isso comigo não cola!
Tanto faço por parecer bem como mal!
Fodasse os casórios - Não faz sentido comprar vestido carissimo por um dia, não faz sentido duas pessoas se aliarem perante uma multidao que espera que a celebraçao passe rápido para ir encher a barriga, não faz sentido porque? O amor, deixa de ser amor, passa a ser uma obrigaçao, um pacto, quase que uma "promessa" massuda. O amor, deixa de ser amor, deixa de ser "inconsciente" e torna-se demasiado racional, demasiado pesado, complexo! Não, eu nao queria isso para mim, gostava de me "casar" numa ilha, só eu e ele. . . sem ninguém por perto, sem fotografos irritantes que obrigam uma pessoa a andar o dia todo com duas molas nas extremidades da boca, assim o sorriso nao se manifesta com a naturalidade que merece.
Se este texto está absurdo, eu também sou absurda!
Fodasse a leitura matrimonial que afirma " .... mulheres submetam-se aos seus maridos". É assim, com submissoes atras de submissoes que as pessoas sao felizes? É assim que a igreja reconheçe uma mulher? O elo mais fraco? Esse enunciado diz indirectamente: " mulheres façam o que o vosso marido quer e nao reclamem!", " mulheres levem e calem", "mulheres vocês nao mandam nada", "mulheres abram as pernas aos seus maridos sempre que eles queiram, é para isso que servem" (...)
A seguir, engravidam e os maridos comentam com os amigos com hálito a cerveja : " a minha mulher EMPRANHOU!" - muito sujo mesmo!! Muito ...
9 meses mais tarde, a sacrificada vai para a maternidade com dores insuportáveis, quem a leva? A irma...ou o cunhado.... Porque o marido,apesar de nao estar a trabalhar, não tem coragem de levar a mulher, porque diz que desmaia!!
Por isso eu digo... cada vez mais tenho homemfobia!!
Fodasse o vestuário ... as roupas formais deviam ter fim!
Fodasse certos e determinados comentários ... Depois dizem que uma pessoa gosta de provocar, no caso das mulheres que gostam de usar decotes ou calças descaídas. Isso é relativo, cada um anda como quer! O problema aqui é dos Homens... Não têm nada de olhar!
Não é o meu caso, gosto de "chocar" um pouquinho mas de outra maneira. Ok, algumas vezes apareço na cozinha para o jantar com uma tshirt curta e os avós refilam logo... acho engraçado!
Fodasse muita coisa ...
As missas,
Os santos, ninguém os conheçeu e a história é muito linda. Na verdade eram piores que o diabo. Como é que as pessoas conseguem acreditar no que nao vêm ?
Só consigo acreditar no amor ...
Fodasse aquele hábito do Homem ser servido à mesa primeiro!
Fodasse aquele hábito do homem, acabar de almoçar e ficar à espera que levantem o prato dele.
Fodasse aquele hábito do "pai" gostar de ver nas outras, na filha já não. . .
Fodasse para aquilo que está correcto, por mais que esteja correcto, poderá nao significar o melhor...
Fodasse o tom de autoridade ... " chega-me um copo!"; " vai-me buscar pao!"; " vai-me buscar os chinelos já!" paaaah...o caralhinho, nao quer mais nada??
Fodasse a admiraçao ignorante ... " ai é? ela fez mesmo isso?", e porque não : " ai é? ELE fez - lhe mesmo isso ?"
Fodasse as fotos sensuais femininas que nao têm mal nenhum, mas nem por isso deixam de ser baleadas por criticas. Esquecem-se que há fotos masculinas provocantes também! Mas essas passam ao lado, por serem de homem. Mas o que tem ser homem ou mulher? ?
Não, eu nao vou mudar o mundo, também nao me quero estragar, mas será que ninguém vê que as coisas estão mal feitas ?
Já nao digo mais nada, fodasse mesmo! :S
Maria

sábado, 8 de agosto de 2009

Sociedade é esta ?

Digam-me que sociedade é esta.
Digam-me que sociedade é esta, em que eu estou "metida" num sarilho. . .
Os diferentes são sinceros, humildes, verdadeiros, gente boa... Os iguais são falsos, oportunistas, imperiais, gente má.
Os "anormais" estão certos - e ser anormal é ser normal!
Os "normais" estão e vão estar errados - e ser "normal" é afirmar ser "anormal".
Agora eu percebo. . . E o dinheiro, que eu preciso para viver, me causa nausea. . .
E os grandes empresários, que facultam a manutençao de capital no país, me causam pena ... Porque não sao livres, são viciados. E causam-me raiva também porque "uns têm tudo, os outros nao têm nada" e digo mesmo, "uns serão sempre uns reis, outros serão sempre uns..filhos da puta, uns tristes!" .... está tudo MUITO mal distribuido.
Não tenho mais de 18 anos ... mas começo a perceber este sistema que me faz... assimilar pensamentos revolucionários e me fazem ter amor revolucionário.
Cada vez mais, somos menos uns para os outros... as pessoas tornaram-se egoistas. Fruto de algo muito complexo : A globalizaçao.
Digam que sou doida, não achamos todos a mesma coisa, mas devemos Ouvir e compreender, não aceitar. Tentar, sempre, ver o outro lado e não palpitar.
Estou cansada... sem forças... de injustiças, racismo, maxismo, dinheiro, "grandes", formalidades, incompreensoes, julgamentos errados ou mesmo certos;ningém tem esse direito,ninguém.
Por vezes, queria chorar, por tudo isto, mas nao choro, queria mudar a minha vida no sentido de viver segundo aquilo a que eu chamo de vida, e quero isso, e heide ser o que eu quiser PORQUE nem esta sociedade com "lepra", a ganancia do dinheiro, certos comportamentos infelizes dos meus....familiares, me vão manipular.
Como uma certa música diz " o mundo pode mudar,o tempo pode parar,o que sou é eterno e nada me fará mudar, caminhos podem-se cruzar, rumos podem mudar mas um pouco de luz continuarei a procurar..."
Não há ninguém perfeito, nem o presidente da USA, nem o presidente da Coreia do Norte. Devemos orgulhar-nos por nao sermos perfeitos, e mesmo assim, tentamos sê-lo o mais possivel ... De isso devemos ter orgulho - aceitamos que não somos perfeitos e tentamos dar o nosso melhor. Ou pior ... podemos querer ser mauzinhos e depois? Se tivermos razao!
O ser humano é alvo de injustiça no acto mais simples do mundo - ao almoço, quando vem do trabalho, chega já estão todos a almoçar, e para ele já não há nada e pior,estão sentados á mesa familiares que só entram naquela casa para "comer" e pedir favores. E antes disso, não sao pessoas que precisem de ajuda, nem de "emprestimos" sem retribuiçao.
Enfim .... uns serão sempre pobres:S. Acho que ninguém consegue acabar com isso.
Uns nunca poderão pensar por si, ou até podem ter uma opiniao propria mas,serao sempre obrigados a pensar como os outros.
Eu não quero ser assim.
Por isso digo, "vão todos pescar" . Eu também vou!

;(

Escrito por: Maria

Ilha dos amores


Insaciável
Incapaz de alimentar só de uma vez,
E aumenta … aumenta …. Por isso mesmo, é que não deixa jantar por completo,
Sensual
Muito… demasiado….exacerbado… o meu corpo também nota o teu sangue que corre nas tuas veias fortes…
Qualquer pedaço do meu corpo nu, precisa urgentemente da tua carne também… do teu “suar” e do teu “ transpirar” de macho ….
Macho … Maduro… Meu…
Os meus olhos precisam urgentemente de olhar e “comer-te” … precisam de imaginar que te tocam também… que fazem amor contigo também…sendo impossível não manter o olhar de ambos, intacto e a explodir de prazer, por sentirem também, por penetrarem também, por suarem e desejarem continuar por longos instantes a suar também…
Duro
Esta loucura controversa …. Violenta … apaixonada… sexualmente sensual e perversa… este latejar dos dois órgãos específicos que servem de passagem, ponte e união entre nós, junção dos sacrifícios que passámos e que contrariamente ao seu efeito destruidor mais provável, só nos faz ansiar por mais … pedir mais… sonhar mais … fazer mais… por nós, nós e nós.
Esta espécie de “crime”, “abuso” e insanidade considerados pela sociedade... Este espectáculo brutal que nos mata de amor e de prazer… que nos puxa um para o outro… que nos abraça e não quer largar..que nos abafa de tesão…que não nos deixa aguentar um sem o outro.
Tesão…. O tesão acompanha a imensidão da paixão, paixão carnal, paixão sentimental, paixão inexplicável, paixão “ fodida”*, paixão brutalmente quente, paixão que nos faz não ficar satisfeitos, entre parênteses, não conseguindo parar por ali… desejando que um se possua cada vez mais ao outro…não conhecendo limites…
Sentir cada parte Desse*2 corpo, nem que seja simplesmente os dedos das mãos ou agarrar o teu braço posterior ao cotovelo, deixa-me emocionalmente e sexualmente atraída, possuída e depois, possuída outra vez…
Forte… Homem… escrevo este texto ridículo ao de cima da minha antiga cama no meu quarto desorganizado, não sei porquê, dedico esta “porra” aos músculos dos teus braços fortes que me protegem e me entesam só de agarrar, ao teu peito que posso beijar, não agora, mas quero beijar e é uma necessidade tão ou mais que o cigarro, o teu peito que posso trincar levemente e rastejar os lábios,não agora, sempre posso escolher fazê-lo com uma peça de fruta após as refeições, como as miúdas quando querem aprender a beijar, mas….prefiro 50mil biliões de estrelas que luzem do céu e iluminam a terra, Contigo meu Amor …
Humidecer a minha língua em iogurte natural e passeá-la no teu peito…apertar, apertar muito as tuas costas protectoras com as minhas mãos pequenas compradas às tuas…
Quero o teu beijo, aquele que ansiava receber todas as manhas e todas as noites no quarto, no sofá da sala, em pleno Inverno, com a lareira acessa a deterrer os nossos corpos em silencio ou estrondosos gemidos e calafrios, não sei bem explicar o que são, sei que me deixam tão “parva”, sei que por instantes deixo de ser eu, sei que me deixam intacta sem resistir, sei que por momentos deixo de ser uma e passamos a ser dois, que se deixam levar, na praia, depois de uma noite num bar onde trocámos olhares furiosos e palavras fortes, onde vieste ter comigo enquanto dançava, agarraste delicadamente no meu pescoço e olhas-te para mim a sorrir e eu sem saber, fiquei a olhar fixamente para ti.
Saberes o que quero e tu também, mas continuamos a comer-nos com os olhos, para o beijo, numa tal altura em que já não aguentas ficar hipnotizado ao ver-me nua no banco do carro com um arzinho de miúda inocente, pronta a entregar-me a um homem, acompanhado o beijo, com as tuas mãos que vão directamente para o meu pescoço – seja um fenómeno belo da natureza humana. Um beijo em que sentimos o quente da boca um do outro, salivoso e umas mãos que desejam aquilo e mais…descendo.
Criar um elo de ligação entre carinho e uma determinada “submissão”, “ violência do amor”, num momento também de amor expressado numa “ trancada”, no acto sexual… O amor é absurdo, mas no entanto não é absurdo, não se sabe de onde vem, mas se descobríssemos deixaria de ser amor – o amor nasce com a naturalidade, a cumplicidade, é espontâneo, compreensivo e aparece sem uma causa muito obvia. Será esse o principal ou até o único objectivo do Homem, amar? Não ficar sozinho?
Eu amo-te a ti como amo a natureza selvagem, a natureza pura, a natureza transparente, a naturalidade das coisas, a biodiversidade das paisagens do Mundo. Porque sou assim??
Não posso perder-te, não posso deixar te para trás,não vale a pena iludir me ao dizer que não fazes falta na minha vida porque se me deparo sem ti não me sinto suficientemente capaz de olhar-me ao espelho… dá-me vontade de parti-lo…Não vale a pena ser intransigente comigo naquilo que é mais fácil: mostrar a mim mesma a minha força e indiferença quando na realidade sou uma mulher frágil ( “ Burra”), mostrar que jamais consegui destacar-me nos estudos porque me faltava das coisas que mais pedia: motivação.
Conseguia dar a aparência de uma mulher independente, quando necessitava desesperadamente de uma companhia, de um amigo cúmplice, de um bom sexo sensual com ele ou pensando nele ( que coisa horrível, que eu disse, se não fosse com ele, não conseguia fazer com mais ninguém, suponho), ou só troca de olhares e sentir-me preciosamente desejada por um homem muito correcto, mas enfim, o que é ser correcto? Essa palavra nem existe, não vale a pena argumentarem que existe.
Chego aos lugares e todos olham para mim por ser habitual olharem as pessoas que entram num café, mas geralmente termino a noite sempre sozinha. Também ninguém disse que queria acabar acompanhada.
E o que é a realidade ( indesejada, manchada, injusta, falsificada, extremamente disfarçada por cera)? É o que a maioria achou que devia ser, não necessariamente o melhor e o mais lógico, mas o que se adaptou ao desejo colectivo. Eu, pelo menos , interpreto assim, a “ doçura” que é a realidade. Uma gravata ao pescoço descrita por um louco ( louco feliz, para mim – pessoa normal/ pessoa que se julga normal – é anormal infeliz) : Um louco diria que o senhor tem ao pescoço um pano colorido, ridículo, inútil, amarrado de uma maneira complicado que acaba por dificultar a respiração e os movimentos da cabeça necessários. E para que serve? Para distinguir a classe da gente? Para muitos! Para mim, absolutamente para nada. A única utilidade de gravata consiste em chegar a casa, tirá-la, dando a sensação de que estamos LIVRES de alguma coisa que nem sabemos o que é e para que serve.
A quantidade de vezes, que preciso e só preciso de estar contigo em carne e osso, num momento real, dentro de uma casa minúscula perdida no meio da serra, o essencial é a cama, a lareira e o gira discos para nos embalarmos ao som de um disco com sabor a morango e chantilly…o resto fica por nossa conta…ultrapassamos a cena de cinema mais romântica e erótica…deitamos lenha para a fogueira que rapidamente arde de paixão como se fosse a própria reflexão das nossas curvas e relevo em movimento dócil e brusco. E nós? Na cama lá ao lado a derreter com o calor que advém das chamas ardentes e enormes da fogueira…os músculos dos braços e as costas dele fomegam e reluzem…as suas nadgas fortes e duras baloiçam enquanto entra e sai de mim… o cabelo dele todo encharcado…a boca dele na minha…as mãos dele nas minhas coxas…o estado daqueles lençóis brancos, “lastimável”… os pasmos prolongados a olharmos um para o outro, muito próximos porque agarraste o meu cabelo com força e chegaste-me a ti… entre gemidos baixinhos teus, ouço dizeres o meu nome. Maria, como se tivesses quase a morrer de sufoco, Maria, como se estivesses a ficar ser ar.
Sentada ao colo do meu amor, observamos as sombras do nosso corpo na parede…Num vai-vém, não espacial, mas especial… Eu sou a prisioneira e tu és o herói.. eu sou a submissa em casa dos pais… a culpada… a sofredora…a mulher…a virgem… Tu és o independente… um grande homem de trabalho…que levanta tijolos pesados… que acarta um braçado de lenha pesado…que veste o fato de macaco, abre o capo do carro para reparar algum estrago, enche-se de óleo, desabotoa o parte de cima do macacão que lhe cai até à cintura e assim, a “sujidade” do óleo trepassa o pano e cobre partes do seu peito tentador…pecador…provocante…”incomodo”…
Eu sou a fêmea, a “amaldiçoada”, tu és o macho, o venerado, segundo as pessoas de fora, a sociedade, determinadas leis machistas e absurdas da arrogante religião católica vigorante… Só faltava ser obrigatório as filhas pedirem autorização às mães para estar com o marido no intimo, ou mais inquietante e mesquinho, convidarem a mãe para assistir a filha a ter relações com o marido, a dar palpites ou a proibir que o marido da sua filha lhe faça certos carinhos, absolutamente normais. Isto acontece em algumas culturas.
Felizes…estávamos nós numa praia perdida no labirinto do oceano pacifico…sem ninguém por perto… sem ninguém para recriminar e acusar…numa praia, onde recem chegados, avistamos arvores tropicais e dos mais variados tipos…o oceano à volta em vários tons..uma água límpida nem quente,nem fria, morna também não, rasteira durante o dia, brincalhona durante a noite… uma montanha alta por trás da floresta e um enorme espaço vazio ao seu redor, apenas coberto por flores encantadoras, ervas macias, bichinhos inofensivos e sementes, que me lembram a liberdade… uma cascata alta que eu confundi com a cascata Victoria no Zimbabwe, onde poderemos vezes sem conta e sem dar qualquer explicação a alguém, refrescar-nos … despir os nossos farrapos e mergulhar, rasgar o soutien de uma vez por todas, conhecer aquela fortaleza, fazer amor nas suas águas ou na margem, libertarmo-nos da realidade de uma vez por todas, no paraíso, o nosso paraíso idealizado.
Faríamos amor na costa…no meio do mato por cima de uma pedra…em cima de um tronco abatido de uma árvore…na confusão de folhas e ervas enraizadas no solo tropical…
Quando o dia se foi, o céu escuresse às fases e as estrelas voltam para servirem de luz na nossa pequena barraca construída por paus e troncos grossos…as estrelas voltam para iluminarem os nossos corpos deitados ao de cima da areia fria da praia, a cantarem um elogio às constelações… as estrelas voltam para nos silenciar por instantes e nos fazerem dar as mãos e olharmos fixamente um para o outro com olhar doce e corpo a pedir um chocolate quente…as estrelas voltam para nos fazer querer ficar ali até à manha próxima, as estrelas voltam para relembrar o quanto gostamos de ser “crianças” e todos os pequenotes que desejamos ter… as estrelas voltam para tu dizeres baixinho ao meu ouvido, que sou uma miúda inocente e te apaixonaste por mim, que sou a miúda que te leva ao céu apesar de seres um Homem e eu uma miúda. As estrelas são varinhas mágicas, como aquelas que as fadas madrinhas nos contos de príncipes e princesas, usavam para transformar as bonitas criadas em deusas por uma noite, havendo limites, mas nesta ilha limites não há e eu, faço perder te a cabeça. . . Sabê-lo dá-me prazer, faz-me provocar-te ainda mais porque tu cais na minha armadilha inocente. E a lua volta a surgir como um pequeno barco à vela dançando nas ondas pacificas do mar ou um barquinho de papel a flutuar à superfície de um rio. E a lua volta a aparecer para nos transformar… Não em lobisomens, mas em seres humanos carentes que quase explodem por sentirem tanto amor um pelo outro… E a lua volta a nascer por trás de um monte…a nós estes simples fenómenos da natureza e da vida, não podemos negar que são fenómenos, maravilham-nos… deixam-nos os olhos com lágrimas por amarmos a beleza das coisas e não as odiarmos… porque sentimos orgulho dela ao manifestar-se…porque queremos ser como ela… porque a quantidade de coisas simples e belas no mundo é tão grande que não conseguimos odiar o mundo … Queremos lá saber se existe um mundo material… queremos apenas ser humanos e funcionar como humanos….basta para sermos felizes.
Era meia noite o meu amor levou-me nos seus braços para o interior da barraca enquanto me arrancava beijos… nenhum ruído, nem o das ondas do mar a bater na costa, nem o dos macacos a brincar, nem o do vento que acariciava as arvores, nem os sons desconhecidos e misteriosos que amedrontavam, o fizeram parar e por me no chão e ficar atento,ir à busca da máquina de filmar para um dia recordarmos mais uma dia das nossas Vidas. Ele seguiu o seu instinto animal, desviou a cortina feita de folhas das palmeiras que servia de porta….ajoelhou-se e deitou-me na cama velha de ferro constituída por molas, para não estragar.
Disse-lhe “ não me dispas”, ansiosa, ele fez precisamente o contrário e excitou-me dos pés à cabeça por me contradizer, contudo eu queria-o tanto como ele a mim, disse aquilo por impulso, porque sei que ele iria fazer o inverso… Rasgou o vestido de seda fina que eu vestia, logo de seguida as duas mãos percorreram o meu corpo de um lado ao outro, como se estivesse de olhos vendados a tentar através do tacto conhecer o objecto ou pessoa à sua frente… quis virar-me de costas para o tecto… tentei mas ele logo me “ empurrou” para ficar como estava…agora começam os beijos indeterminados pela minha carne… os toques “indecentes”, as palavras mais doces e no minuto depois as palavras mais brutas… as tuas e as minhas mãos desesperadas… as nossas bocas a morrer de sede bebem a saliva um do outro…a cama apanha turbulência como o avião e fica barulhenta… Ao mesmo tempo chove fortemente… A “tempestade” lá fora responde intensamente ao que se passa dentro da cabana… o teu braço deita para o chão a pequena jarra de flores que se encontrava na cómoda, lanças um sorriso como se os olhos fossem a tua boca “ Vês, como tu me deixas?” … Beijar o dedo que levas à minha boca, empurrares as minhas ancas para a frente e para trás… e para o lado esquerdo e para o lado direito…agarrares os meus seios como se fosses a pegar numa sandes, esfomeado e carinhoso, simultaneamente.
Agora pega nessa camisola azul e vamos embora…
Escrito por : Maria