segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Estou no meu quarto novo, cidade estranha, fria não se deve à chuva que acontece, deve-se à desilusão que apanhei, não ganhei o que queria, estava quase lá, tão quase, sentia-me a atingir as núvens, só que perdi o equilibrio, levei murros no meu peito, na minha barriga, fui espancada por um choro que impediu a permanencia da nostalgia convertida a felicidade e certeza. Não sei como é que a minha certeza, nunca deu lugar à incerteza e, foi dar espaço a uma certeza diferente, a uma certeza que nao era certeza à um tempo atrás, que eu colocava como hipótese improvável, nem hipótese era.
Agora tenho saudades do passado, dos sonhos que tinha e da certeza q os ia concretizar, que ainda estava a tempo de os alcançar, muito a tempo, estava quase lá... estive quase, mas não cheguei, agora vivo sei lá o quê, pergunto-me o que estou a viver e como estou a viver, o que é isto, porque nao é de outra maneira, porque não foi da maneira que sonhei e continuo a sonhar, não parece verdade, será uma prova, mas porquê tanta prova seguida, tanto individamento por parte da sorte .
Dei quase tudo de mim, fiz quase tudo, disse quase tudo, manti-me convicta até ao último dia, não tive medo, não tive receio, não ponderei outras hipoteses, porque também não me interessavam, não vivia delas, não queria correr até uma delas, queria fugir delas, viva baseada num sonho que tinha a certeza que ia chegar, pela primeira vez na vida, mas abri a janela do quarto e nao o vi, não vi o sol, não vi o rio, não vi o cais, nao vi os barcos, não vi os altos e iluminados prédios, não vi as caves, não vi os jardins, não vi as pontes, não vi as casas velhas a cores, nao vi os bairros, não ouvi o rap tuga, não vi o metro vir me buscar, não me senti em casa, nao me senti na direcçao certa, no caminho que devia seguir. Eu vi o sonho, agarrei-o, desejei-o, mas foi tudo tão rápido e tão rés vés.
Estou mesmo triste comigo. Não sei porquê. Não pude decidir sozinha. Mas idealizei me quase lá, estava lá quase, estava lá mesmo, naquelas ruas estreitas, na marginal a passear, no banco do cais a fumar de mp3 nos ouvidos, a ver passar os barcos, a percorrer as pontes olhando o rio do lado esquerdo e direito, perdendo-me na nublina do rio...e depois é que acordei, e o sonho que idealizei nao passou apenas de um acto de idealizar, o sonho que eu chorei não passou de uma lágrima que evaporou com o rio, o sonho que eu sorri não passou de um espaço psicologico, o sonho que eu disse que ia concretizar foi apenas uma certeza errada que ia acontecer... e custa-me dizer isso porque queria que tivesse sido real, assim eu era feliz. Adaptarmo-nos á realidade, não significa sermos felizes, significa infelicidade porque se torna habituaçao e desgaste. Posso dizer... Vivo NA realidade, não vivo nem quero viver A realidade. Ninguém acha viver uma tarefa muito fácil, se há coisa que menos tenho feito até aqui é viver... Respirar é muito fácil. Dar vida ao meu respirar é que se torna complexo.
Não quero viver aqui ... Aqui nao vivo. Vivia se estivesse contigo a fazer as coisas que gosto.
Desgastada de encarnar a pele de um ser inanimado que só tem sonhos e nao passa daí... foi-se um pouco de mim ...
Maria

2 comentários:

  1. tens que tentar viver....custa , mas tenta...

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  2. eu axo k disse uma vez, e se nao disse aki fica

    nao sonhes o amanha
    sonha com o ontem

    ........ continuas na mesma a sonhar com o k nao podes ter , com o paraiso ,,,,
    desliga te do k tu keres e vive mais no momento.

    xxx quando eu ia pescar sonhava k ia tirqr o melhor peixe o maior e montes de kilos . ficava trisre porke nao pescava nada ,,,,,,,,, estava tao farto dakilo k deixei de pensar na pesca

    um dia fomos todos e nao pesquei nada mas foi o dia mais interessante , os amigos o vinho a droga e sim os maus lançamentos as canas perdidas za fome o frio mas acima de tudo akele momento de amizade espontaneo
    sem sonhar

    a vida da te o k keres quando precisas mas se sonhares ela da te as coisas nos dias errados e nao as vez

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